Arranjos de Suculentas

Suculentas

Com suas formas, cores e tamanhos variados, plantas suculentas são verdadeiras esculturas vivas, e ficam lindas plantadas em conjunto, formando mini-jardins. Sejam lindas, delicadas e perfumadas, ou estranhas e fedorentas, são ótimas para se ter em casa!

Originárias em sua maioria de ambientes secos e desérticos, onde o clima é sempre árido e com altas temperaturas, elas desenvolveram características especiais para que pudessem se adaptar à essas condições. Algumas têm “pelinhos” nas folhas, que ajudam a refletir o excesso de luz, outras têm uma camada de cera ou folhas reduzidas a espinhos (que também protegem a planta de possíveis agressões), para diminuir a perda de água armazenada nas folhas, caules, troncos e raízes, muito mais do que nas outras plantas!

Algumas dessas plantinhas suculentas, que chamamos de crassuláceas, e algumas espécies de cactos também, desenvolveram um metabolismo conhecido como Metabolismo Ácido das Crassuláceas (que na biologia chamamos de CAM). Esse é um mecanismo para fotossíntese de plantas adaptadas ao ambiente árido, onde há uma grande exposição ao sol e escassez de água.

Essas plantas possuem a capacidade de abrir seus estômatos à noite e fechá-los durante o dia (diferentes de outras plantas que os mantém abertos na maior parte do dia), diminuindo a perda de água e CO2 (gás carbônico).

Por isso, essas plantas absorvem o CO2 apenas à noite, no escuro, quando os estômatos estão abertos. Nesse momento, ocorre a transformação destas moléculas em uma outra substância chamada ácido málico, que é estocado durante toda a noite. Quando o dia chega, os estômatos fecham-se e o ácido málico é convertido em CO2 novamente e a partir daí, pode ser utilizado para produzir açúcar e amido.

A capacidade de armazenar água e a alta resistência à condições extremas, faz com que elas exijam pouquíssimos cuidados. O que elas precisam é de um substrato bem permeável, e de, no mínimo, 4 horas de sol todos os dias.

Dependendo das espécies, podem durar até 4 ou 5 anos no mesmo recipiente e depois desse período, pode ser necessário renovar a terra, e/ou transplantar as plantas que cresceram demais para outros recipientes. Você pode substituí-las por outras menores se quiser continuar usando o mesmo vidro. Isso ocorre porque apesar de serem mudas pequenininhas quando estão em arranjos, algumas espécies crescem bastante! Tudo vai depender, é claro, do espaço e das condições em que elas irão se desenvolver.

A maioria das plantas suculentas que conhecemos e cultivamos estão agrupadas em duas grandes famílias: As Crassuláceas e as Cactáceas. As crassuláceas geralmente armazenam água nas suas folhas, e as cactáceas (cactos) no caule, já que normalmente não possuem folhas.

Podemos dizer então que, nem todas as plantas suculentas são cactos, mas todos os cactos são plantas suculentas!

Existem 35 gêneros dentro da família das crassuláceas, mas aqueles que possuem mais espécies são: Echeveria, Kalanchoe, Sedum e Crassula. E a família das cactáceas possui mais de 100 gêneros onde estão agrupadas aproximadamente 2000 espécies de cactos!

COMO CUIDAR

Suculentas gostam de bastante LUZ NATURAL! Pouca luz pode fazer com que cresçam deficientes e de forma diferente do que seria normal a cada espécie. Algumas espécies precisam de sol direto pelo menos 6 horas diariamente. Outras, vivem muito bem sob luz indireta – mas muita claridade! Caso tenha um arranjo feito em pote de vidro, tipo aquário (sempre aberto), cuidado com o tempo de exposição ao sol. A temperatura interna pode aumentar muito, fazendo com que a terra seque mais rápido, e seja necessário aumentar a frequência das regas. Além disso, o vidro pode agir como uma “lupa”, aumentando a intensidade da luz e direcionando-a diretamente às plantas.

Deixe-as em locais iluminados e com boa circulação de ar. Locais abafados podem gerar acúmulo de umidade e favorecer o desenvolvimento de fungos, especialmente em recipientes com as “paredes” mais altas, comprometendo a saúde das plantinhas!

Quanto à rega, não existe regra – mas essas devem ser cuidadosas.
Regue somente quando o substrato estiver seco, preferencialmente durante a noite, direto na terra. Evite jogar água sobre as folhas, especialmente se estiverem em um local com pouca ou nenhuma circulação de ar. Portanto, não use pulverizadores para não formar um ambiente úmido em
torno das plantas. Lembre-se que, se o vaso não tiver saída de água, qualquer excesso vai se acumular no fundo, podendo prejudicar as raízes das plantas por falta de oxigenação.
Então, a rega deve ser ainda mais cuidadosa!

Sempre observe as folhas! Se elas começarem a ficar murchas ou enrugadas, podem estar secas e precisando de água. Mas se estiverem amareladas ou marrons, e com aparência mole e “derretida” (principalmente as folhas da base), aí pode ser o contrário: excesso de água. Retire a planta do vaso e reduza as regas. Deixe-a secando por 1 ou 2 dias e depois replante. Se for o caso, pode a parte prejudicada.

Folhas verdes e saudáveis podem indicar que nem tudo está perdido! Você pode separá-las da planta, produzir filhotes e replantar no seu minijjardim!

Dicas de Reprodução

Cada folhinha pode criar raiz, e crescer assim como a planta mãe, para isso, destaque folhas adultas e saudáveis e deixe cicatrizar por 24 horas. Uma gotinha de própolis na parte “destacada” ajuda a evitar a contaminação por fungos e bactérias. Depois, coloque-as numa bandeja ou prato com areia, e após alguns dias, você vai notar algumas raízes pequenininhas brotando próximo à região onde ela foi destacada. Aí já é hora de colocá-las na terra, num local bem ventilado e iluminado, mas sem incidência de sol direto.

Você vai perceber que vão aparecer pequenas plantinhas em miniatura, exatamente como a planta-mãe! Então, você pode regar com um pouquinho de água 1 ou 2x por semana, até que elas estejam mais fortes e possam ser transplantadas para um vaso maior. Depois, os cuidados serão os mesmos das outras plantinhas adultas.

Com o tempo, a folha que foi destacada vai começar a murchar, mas não se preocupe, isso é normal! A nova plantinha ainda está usando as reservas de água e nutrientes da folha grande para começar a se desenvolver, até criar seu próprio sistema de raízes e poder se virar sozinha!

Se você perceber mofo ou podridão (fungos) no meio das plantas, retire as folhas infectadas. Folhas secas e soltas devem ser retiradas também. Se quiser ainda, pode utilizar um pincel pequeno e seco para limpar as folhinhas quando achar necessário.

A água oxigenada 10 volumes tem se mostrado bastante eficaz contra fungos, quando diluída na proporção de 4 colheres de sopa (120 ml) por Litro de água, e aplicada diretamente sobre a terra e as áreas afetadas das plantas.

Suculentas, assim como outras plantas, podem sofrer com o ataque de insetos sugadores como pulgões e cochonilhas. Para tentar resolver o problema, você diluir álcool isopropílico na proporção de 700 ml para 1 Litro de Água, e aplicar na planta inteira, em cima e em baixo das folhas, principalmente sobre os insetos, esperar secar e fazer uma nova aplicação. Repetindo esse processo 1x por semana, até que se resolva o problema.

Portfólio de Arranjos de Suculentas

Aqui você vai encontrar algumas de nossas criações. Por ser um trabalho 100% artesanal, não conseguimos criar peças exatamente iguais a essas que você verá aqui, mas você pode usar as fotos como referência para o estilo de arranjo ou recipiente que gostaria de encomendar, e verificaremos a possibilidade de produzir. Todos esses arranjos foram elaborados com uma diversidade de plantas suculentas que tem necessidades semelhantes quanto à rega e à luz. São produzidos, um a um, sempre em recipientes de vidro ou cerâmica abertos. Podem ser peças mais tradicionais, feitas apenas com plantas variadas, ou então com outros elementos decorativos que contam uma história, como miniaturas, cristais ou imagens, por exemplo. Por favor, preencha o formulário no fim da página, caso queira saber mais sobre esses arranjos!