Guia de Plantas para Terrários

Aqui você vai encontrar as informações básicas sobre algumas das plantas mais usadas em terrários.

Cada uma tem suas características próprias e são mais ou menos tolerantes às condições de umidade e luminosidade oferecidas, mas todas as espécies dessa lista foram testadas e aprovadas ao longo desses anos aqui no ateliê.

As folhagens mais estampadas e charmosas entre as plantas tropicais! Existem várias espécies e variedades dentro dessa família (Marantaceae) de pequeno (0,20 m) a médio porte (1,50 m). As espécies mais utilizadas na confecção de terrários são a maranta-cascavel (Calathea lancifolia), a maranta-pavão (Calathea makoyana), a maranta-prateada (Calathea picturata), a maranta-zebrada (Ctenanthe burle-marxii), a maranta-variegada (Ctenanthe oppenheimiana), a maranta-bigode-de-gato (Maranta leuconeura), entre outras que também tenham um porte pequeno. Essas espécies possuem flores tão pequeninas que não tem importância ornamental, sua beleza está nas folhas, com diversos padrões de cores e desenhos. Você também pode multiplicá-las dividindo as mudinhas, que se formam na base da planta.

Musgos são plantas primitivas, pequeninas, e que se desenvolvem a partir de esporos, já que não produzem flores, frutos ou sementes. A maioria das espécies crescem e se desenvolvem bem em locais úmidos e sombreados, como florestas por exemplo, mas alguns deles são bem adaptados a ambientes mais secos e sob o sol pleno, podendo crescer até mesmo em superfícies duras como rochas, calçadas, muros e outras superfícies. Para plantio em terrários, dê preferência às espécies que crescem na terra, como o musgo fofão por exemplo.

Planta herbácea extremamente rústica, de folhas riscadas de verde claro e escuro e com a parte inferior roxa, que se desenvolve muito bem na sombra e em solos úmidos com bastante matéria orgânica, sendo por isso, super indicada para terrários. Mas atenção, ela cresce rápido e desenvolve ramos longos, então talvez precise de podas de manutenção com uma certa frequência. Apesar disso, é uma espécie desse gênero que o Sr. David Latimer mantém viva dentro de um terrário fechado, feito na década de 60, e que foi regado apenas uma vez!

Nativa das do Brasil, é uma das únicas plantas suculentas que tem um desenvolvimento saudável dentro dos terrários! Essa plantinha, diferente da maioria das outras suculentas, é originária da mata atlântica, nossa floresta tropical, onde o clima é bastante úmido, quente e com bosques muito sombreados pelas copas das árvores. Isso explica porque ela vive tão bem em um recipiente fechado! Só tome cuidado com o excesso de água, apesar de ela gostar de um ambiente úmido ela ainda continua sendo uma planta suculenta!

Planta nativa de regiões tropicais, de pequeno porte e semi-suculenta (os pecíolos e caules são cheinhos de água, assim como as plantas suculentas, mas ao contrário destas, as begônias não toleram longos períodos de seca, por isso são consideradas semi-suculentas). Vivem bem em solos sempre úmidos e ambientes sombreados. Mas atenção! Tome cuidados para não exagerar nas regas e nunca deixe suas folhas enterradas, encostadas no vidro ou em outras plantas, porque ela pode apodrecer!

A planta coringa, com mais diversidade de cores, e queridinha do mundo dos terrários é nativa da América do Sul! Ela tem porte pequeno (chegando a atingir apenas de 10 a 15 cm) – cabe em qualquer cantinho que receba luz no seu arranjo. Suas flores são amarelas e bem pequenas, sem importância ornamental. O que chama mesmo a atenção nela são suas folhas! Existem variedades com tonalidades bem diferentes e chamativas com tons de verde e branco, verde e rosa, rosa e vermelha, vermelha e verde; com a pontinha fina ou mais arredondada, margem serrilhada ou lisa – de diversos formatos! Elas são ótimas para terrários porque se desenvolvem muito bem em ambientes sombreados e úmidos, além de criarem pontos coloridos no meio do musgo ou de outras plantas verdes – um charme! Além disso, é muito fácil multiplicá-la: é só fazer uma estaca (cortar um pedacinho da planta) com pelo menos 2 nós foliares (ponto no caule onde nascem as folhas), e colocá-las no substrato, que logo ela enraíza e começa a crescer. Mas não faça isso dentro dos terrários, ok? Isso porque se ela não enraizar (o que pode acontecer), ela vai apodrecer e fungos e bactérias podem prejudicar outras plantas do terrário, especialmente os musgos.

As plantas mais clássicas e queridas dos apaixonados pela arte de fazer terrários. Isso porque quando se pensa em um ecossistema de floresta úmida, as primeiras plantas que vem na cabeça são as samambaias! Nem precisa ir muito longe para encontrar essas belezinhas. É só procurar nos cantinhos mais úmidos dos jardins, nas praças, parques ou até mesmo, nascendo naquele vasinho que fica num local sombreado na sua casa. Isso porque elas precisam de umidade constante, inclusive para sua reprodução, que acontece com muita facilidade. Existem muitas espécies comercializadas no Brasil, dentre elas, as que mais usamos em terrários são a samambaia-pteris, a samambai americana, a renda-francesa e a samambaia-havaiana. Algumas espécies, como essa última, são mais melindrosas, não toleram excesso de umidade e não gostam de ficar encostadas em outras plantas. Por isso, prefira vidros mais espaçosos para que elas não fiquem muito apertadas, caso contrário, o risco de apodrecimento é grande. Você pode usar, inclusive, mudinhas pequenas de samambaias que encontrar em vasos e cantinhos do jardim.

Planta originária da Venezuela e Colômbia, tem um porte de 30 a 40 cm de altura. Mas existe uma variedade em mini que pode chegar a 20 cm. Emite inflorescências brancas e sem perfume, compostas por uma espata (uma bráctea branca) e pela espádice (uma espiga no meio da bráctea, onde são encontradas minúsculas flores). Floresce durante a primavera e verão e multiplica-se através de mudinhas que se formam ao redor da planta mãe, que podem ser separadas em qualquer época do ano.

Apesar de serem vistas por muitos como plantas parasitas, a maioria das bromélias são plantas epífitas, isto é, utilizam as outras plantas como suporte, apoiando suas raízes sem sugar sua seiva. São originárias de regiões tropicais das américas e podemos encontrá-las em regiões de restinga, cerrado, caatinga, bosques e serras. Existem mais de 3 mil espécies identificadas, mas, devido ao seu potencial ornamental e paisagístico, e o extrativismo sem nenhum controle, algumas delas correm sérios riscos de extinção, como a bromélia-imperial por exemplo. Felizmente existem os produtores que reproduzem muitas espécies em estufas e que podemos usar dentro dos terrários! Como a maioria deles são feitos em recipientes pequenos e médios, procuramos usar plantas de porte pequeno, e no caso das bromélias, algumas espécies dos gêneros Cryptanthus e Tillandsia.

Uma planta linda, nativa do Vietnã, de folhas pintadinhas, que olhando em conjunto num canteiro, por exemplo, parece que tem pedacinhos de alumínio salpicados. Atinge de 20 a 30cm de altura e vive muito bem dentro de terrários grandes, pois adora umidade e locais protegidos do sol. Com o tempo, e por causa da umidade constante, pode gerar raízes nos caules, que podem ser podados para fazer novas mudas!

Planta normalmente cultivada como forração de canteiros. É pequenininha, suas raízes são finas, mas se espalha com bastante facilidade, inclusive sobre os musgos. Tem esse nome porque suas folhas verde-claras lembram moedinhas quando vistas de longe.

Essa planta é uma linda trepadeira, e pasmem – parente das figueiras! Tem ramos longos e folhas pequenas, que podem ser verdes ou variegatas (verdes com branco ou amarelo) e confere um movimento todo especial para a composição. É muito fácil cultivá-las dentro dos terrários pois adora umidade, e seu crescimento é relativamente rápido, por isso, talvez em pouco tempo precise ser podada.

Normalmente é cultivada em vasos pendentes, mas na natureza apresenta ramos densos e longos, de onde partem muitas raízes, que podem se fixar em troncos, pedras, etc. Sua folhagem é muito bonita e decorativa, e existe uma grande variedade de formas e cores, com predominância do verde, é uma planta bem rústica e resistente, e que vive muito bem dentro dos terrários!

A jibóia é uma planta trepadeira, que adora água e calor! É uma folhagem multiuso: pode ser cultivada em ambiente externo, onde cresce e pode cobrir cercas, muros, etc, ou então dentro de casa, onde fica mais comportada e nem parece a mesma planta! Ainda assim, se decidir manter uma jibóia dentro do terrário, prefira vidros maiores para que ela tenha espaço para se desenvolver.

Existem várias espécies desse gênero, e todas são plantas geralmente pequenas, com folhagem densa e delicada. No mercado, é comum encontrá-la com o nome de Musgo-bola, mas cuidado que isso pode gerar confusão. Essa planta não é um musgo, apesar de crescer também em locais quentes e úmidos, precisa de mais espaço para se espalhar, porque ela vai crescer! Quando plantada, tenha certeza que as suas delicadas raízes estejam bem preservadas e cobertas de terra, caso contrário ela pode não se desenvolver e apodrecer lá dentro. Importante: Nunca, jamais jogue água sobre suas folhas… o acúmulo de água nessas regiões pode ser fatal! Apesar de delicada, é uma planta que sobrevive muito bem em terrários fechados! Nós mesmas já tivemos um terrário com uma Selaginella linda e saudável por quase 10 anos!

É uma planta para terrários grandes! Isso porque é um arbusto que se for cultivado em área externa, pode atingir até 3m de altura, mas dentro dos terrários se adaptam ao tamanho do espaço que tem disponível! Suas folhas são bem decorativas, verdes e amarelas, ou verdes e brancas. Apesar de se desenvolver bem em sol pleno, ele também pode crescer em ambientes com luz indireta, com bastante vigor, podendo ser necessário podar de vez em quando.

Planta muito resistente da família das Aráceas! Tem um cule flexível e folhas verdes em formato de coração, com nervuras brancas e muito decorativas. Se desenvolve rapidamente dentro dos terrários, podendo ser necessário algumas podas. Quando cresce livre, pode cobrir cercas e árvores. Sua multiplicação é muito fácil: é só arrancar um pedacinho do caule e colocar na terra, ou então, destacar brotos novos que se formam nos caules das plantas já enraizada

Esse é um grupo de plantas pteridófitas (o mesmo das samambaias), que tem algumas espécies e variedades geralmente de folhas longas, inteiras e em forma de roseta. As vezes mais largas, outras mais afiladas, com bordas lisas ou serrilhadas. As folhas novas surgem bem pequeninas, enroladas no centro da planta. Cresce bem devagar, e prefere locais quentes e úmidos, por isso, é perfeita para terrários. Multiplica-se por esporos e também por divisão dos rizomas -seus caules subterrâneos.

Planta rasteira, usada como forração em jardins, que pode atingir 20 cmde altura. Suas folhas são verdes, finas e compridas, com faixas brancas ou amarelas. Gosta muito de umidade e prefere a meia-sombra. É muito fácil de multiplicar porque normalmente forma mudinhas próximo às flores, nas pontinhas dos caules novos que crescem paralelos à terra, chamados estolões.

Este é um grupo de plantas de pequeno porte, que não ultrapassam 25 cm, com uma variedade grande de formatos, cores e texturas foliares. Algumas espécies têm tons de branco com verde, com rosa, outras são mais arroxeadas, amareladas, listradas e tem até folhas qeu são semelhantes à casca de melancia! Algumas espécies crescem mais em altura, outras se espalham mais, e tem até espécies pendentes, mas no geral, todas vivem bem em ambientes mais quentes, à meia sombra, e em solo levemente úmido. Isso mesmo, levemente úmido, pois são plantas semi-suculentas – ou seja, gostam de um ambiente mais protegido, mas não toleram substrato com excesso de umidade. Por isso, inclusive, estão no grupo das plantas de cultivo um pouco mais difícil – cuidado para não errar a mão e colocar água demais; e trabalhe com substratos mais soltos e permeáveis ou ela pode não resistir.

É uma planta pequena, muito ramificada, e de folhas bem miudinhas. Ela é parente das outras Pileas mencionadas anteriormente. Cresce tão bem no sol quanto à meia-sombra, se reproduz com muita facilidade e possui flores minúsculas (quase imperceptíveis) na base das folhas.

Ela parece delicada, mas não é!  É uma planta super rústica, de pequeno porte e pasmem – das mais fáceis de se cultivar em terrários! É nativa da Colômbia e Equador, tem folhas brilhantes e brácteas coloridas  (folhas modificadas), nos mais diversos tons, desde o vermelho (mais comum), até tons de rosa, amarelo, branco, vinho, entre outros, que podem durar meses lá dentro! Existe ainda uma variedade em miniatura que chega a no máximo 40 cm de altura – o mini antúrio – a mais adequada para uso em terrários (ainda assim escolha um vidro grande, com pelo menos 30 cm de altura e diâmetro, ok?). Vive muito bem na umidade e sob luz filtrada, mas não vale exagerar na sombra, porque suas brácteas podem perder o “colorido” e voltar a ficar verde como as outras folhas da planta! Ah, e você ainda pode tirar “mudinhas” que geralmente nascem na base do seu pequeno caule!

Essa aqui também é coringa quando pensamos em plantas com crescimento “vertical”, as plantas “altas” para a sua composição dentro dos terrários. Ela é uma palmeira de pequeno porte, nativa do México, que forma “touceiras”, ideal para quem está começando a explorar novas possibilidades! É de fácil cultivo em terrários, e uma das plantas mais tolerantes à baixa iluminação e variação na umidade. Talvez você precise cortar as folhas maiores antes de plantá-la dentro do terrário, e fazer podas com certa frequência, já que as folhas crescem relativamente rápido – faça isso cortando-a sempre na base! Evite deixá-las encostadas no vidro porque o excesso de água em contato com as folhas pode fazer com que apodreçam.

Essa é uma orquídea de pequeno porte, nativa da Ásia, que pertence a um gênero pequenininho, onde ela é a única espécie! Tem esse nome porque as pétalas e sépalas das suas flores, são brancas e amarelas, parecendo muito com pipocas. Florescem no final do inverno, período em que são encontradas com mais facilidade no mercado. São ótimas plantas para terrários, porque além de serem terrestres (sim, você pode plantar direto no substrato), são plantas muito resistentes, que estão aptas a viver em ambiente úmido e sombreado. Apesar do porte pequeno, suas hastes florais podem chegar até 15 ou 20 cm de altura, por isso, escolha vidros mais altos para plantá-las!

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